Os cursos (licenciaturas e mestrados) de História, quer a nível nacional, quer a nível internacional, contêm, nos seus currículos académicos, cadeiras ou disciplinas que tratam da História das mentalidades. Este campo de investigação é relativamente recente, pois surgiu na década de 1960, e tais cadeiras ou disciplinas são frequentemente oferecidas por departamentos de História, mas também podem ser oferecidas por departamentos de Antropologia, Sociologia, ou Estudos culturais.
sábado, 2 de dezembro de 2023
OS DOIS ÚLTIMOS CAPÍTULOS DA HISTÓRIA HUMANA
sexta-feira, 6 de outubro de 2023
LÍDERES E LIDERADOS NO DESERTO
Já alguma vez notou que, ANTES que Deus fizesse passar o Seu povo de Israel pelo deserto, "por quarenta anos" (Hebreus 3:9; ARC; cf: Números 14:26-35 e Salmos 95:7-11), Deus preparou um líder humano, na ocorrência, Moisés, fazendo com que este estivesse, igualmente, quarenta anos, no deserto (ver: Atos 7:29-30)?
Não é interessante que Moisés tenha estado exatamente o MESMO número de anos, no deserto, que o seu próprio povo teria de estar?
Que lição podemos retirar deste FACTO HISTÓRICO?
Não parece claro que Deus quis treinar um homem para este estar capacitado para, depois, guiar o Seu povo através dessa mesma travessia pelo deserto?
A mesma experiência no deserto foi vivida por outros importantes líderes do povo de Deus, e mesmo pelo povo como um todo:
● O profeta Elias, que viveu no século IX a.C., num período de grande apostasia do reino do norte (Israel). Elias foi perseguido pelo rei Acab/Acabe e fugiu para o "ribeiro de Carith" (1 Reis 17:3 e 5; ARC) ou "torrente de Querite" (ARA), que é um rio que alguns estudiosos acreditam que ficava na região a nordeste de Jericó, e que desagua no rio Jordão, perto do Mar Morto.
● João Batista, "um profeta ... e muito mais do que profeta" (Mateus 11:9; ARC), que pregou o arrependimento e o batismo. João Batista viveu "no deserto da Judeia" (Mateus 3:1; ARC), onde pregou a vinda do Messias (ver: Mateus 3:1-12).
● O próprio Senhor Jesus Cristo, que passou 40 dias no deserto, onde foi tentado pelo diabo (ver: Mateus 4:1-11 e Lucas 4:1-13), antes de iniciar o Seu ministério público na Galileia (ver: Mateus 4:12-17 e Lucas 4:14-15).
● O grande apóstolo Paulo que, ANTES de iniciar o seu ministério apostólico "diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel" (Atos 9:15; ARC), passou "três anos" (Gálatas 1:18) nas "regiões da Arábia" (Gálatas 1:17; ARA), que eram, e são, regiões desérticas.
● A própria "Igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade" (1 Timóteo 3:15; ARA), que é constituída pelo povo líder do mundo (ver: Deuteronómio 28:1 e 13) passou "um tempo, e tempos, e metade de um tempo", a saber, "mil duzentos e sessenta dias", no "deserto" (ver: Apocalipse 12:14 e 6).
Com todos estes exemplos, porventura dar-se-á o caso de querer chegar a Canaã ou estar preparado para lá chegar... sem passar pelo deserto? Então... pense outra vez!
A grande questão é esta: QUAL É O PROPÓSITO DE DEUS em permitir que o Seu povo e, por vezes, alguns dos líderes do Seu povo, passem pela experiência do deserto?
Eis o que a pena inspirada nos revela a respeito da experiência de Moisés no deserto de Midian:
"Ao matar o egípcio, Moisés tinha caído no mesmo erro tantas vezes cometido pelos seus pais. O erro de tomar nas suas próprias mãos a obra que Deus tinha prometido realizar. Não era vontade de Deus libertar o Seu povo pela guerra, como Moisés pensava, mas pelo Seu próprio grande poder, para que a glória Lhe fosse atribuída apenas a Ele. Todavia, mesmo sendo um ato precipitado, foi aproveitado por Deus para cumprir os Seus propósitos. MOISÉS NÃO ESTAVA PREPARADO PARA A SUA GRANDE OBRA. Tinha ainda que aprender a mesma lição de fé que tinha sido ensinada a Abraão e Jacó — não confiar na força, nem na sabedoria humanas para o cumprimento das promessas de Deus, mas no Seu poder. E havia outras lições que, na solidão das montanhas, Moisés devia receber. Na escola da abnegação e dificuldades, DEVIA APRENDER A PACIÊNCIA, PARA MODERAR AS SUAS PAIXÕES. Antes de poder governar sabiamente, devia ser ensinado a obedecer. O SEU PRÓPRIO CORAÇÃO DEVIA ESTAR EM COMPLETA HARMONIA COM DEUS, antes de poder transmitir o conhecimento da Sua vontade para Israel. PELA SUA PRÓPRIA EXPERIÊNCIA, DEVIA ESTAR PREPARADO PARA EXERCER UM CUIDADO PATERNAL SOBRE TODOS OS QUE NECESSITAVAM DO SEU AUXÍLIO.
O homem teria dispensado aquele longo período de labuta e obscuridade, julgando-o uma grande perda de tempo. MAS A SABEDORIA INFINITA CHAMOU AQUELE QUE SE TORNARIA O DIRIGENTE DO SEU POVO, PARA PASSAR QUARENTA ANOS NO HUMILDE TRABALHO DE PASTOR. Os hábitos de se esquecer de si mesmo, para cuidar do seu rebanho com terna preocupação, desenvolvidos dessa forma, prepará-lo-iam para se tornar no bondoso e paciente pastor de Israel. Nada do que o ensino ou a cultura humana pudessem conceder, poderia ser um substituto para esta experiência.
Moisés tinha estado a aprender muita coisa que tinha de desaprender. As influências que o tinham cercado no Egito — o amor da sua mãe adotiva, a sua própria posição elevada como neto do rei, a devassidão por todos os lados, o requinte, a subtileza e o misticismo de uma religião falsa, o esplendor de um culto idólatra, a solene grandiosidade da arquitetura e da escultura — tudo tinha deixado profundas influências na sua mente em desenvolvimento, e moldara, até certo ponto, os seus hábitos e o seu caráter. O tempo, a mudança de ambiente e a comunhão com Deus podiam remover estas influências. ABANDONAR O ERRO E ACEITAR A VERDADE REQUERIA, DA PARTE DO PRÓPRIO MOISÉS, UMA LUTA TREMENDA; MAS DEUS SERIA O SEU AUXILIADOR, QUANDO O CONFLITO FOSSE DEMASIADO SEVERO PARA A FORÇA HUMANA." (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, págs. 214 e 215 da edição da Publicadora SerVir e pág. 173 da edição online; minha ênfase em maiúsculas)
Por acaso revê-se na experiência de Moisés? Olhe o que a experiência de Moisés ensina A TODOS NÓS:
"Em todos os que têm sido escolhidos para cumprir uma obra para Deus, vê-se o elemento humano. Todavia, Deus não chamou homens de hábitos e caráter estereotipados, que se sentiam satisfeitos em permanecer naquela condição. Fervorosamente desejavam obter sabedoria de Deus, e aprender a trabalhar para Ele. Diz o apóstolo: “Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada.” Tiago 1:5. Deus, porém, não comunicará aos homens luz divina, enquanto estiverem satisfeitos em permanecer nas trevas. Para poder receber o auxílio de Deus, o homem deve compenetrar-se da sua fraqueza e deficiência; deve envolver o seu próprio espírito na grande mudança que em si deve ser operada; deve despertar para a oração e esforço fervorosos e perseverantes. Hábitos e práticas erradas devem ser repelidos; E É APENAS PELO ESFORÇO DECIDIDO NO SENTIDO DE CORRIGIR TAIS ERROS, E POR NOS ADAPTARMOS AOS PRINCÍPIOS RETOS, QUE A VITÓRIA PODE SER GANHA. Muitos nunca atingem a posição que poderiam ocupar, porque esperam que Deus faça por eles aquilo que Ele lhes deu capacidade para fazerem por si mesmos. TODOS OS QUE DECIDEM SER ÚTEIS DEVEM SER TREINADOS PELA MAIS SEVERA DISCIPLINA MENTAL E MORAL; E DEUS OS AJUDARÁ, UNINDO O PODER DIVINO AO ESFORÇO HUMANO." (Idem, págs. 215 e 216 da edição da Publicadora SerVir e pág. 173 da edição online; minha ênfase em maiúsculas).
Fonte: Net
terça-feira, 11 de julho de 2023
AS "TENDAS" DE ROMA
Fonte: ( net )
QUANDO O "JOIO" INFLUENCIA O "TRIGO"
A Igreja de Deus, na Terra, NUNCA foi totalmente pura, no seu conjunto! Nem mesmo a Igreja nascente, liderada pelo próprio SENHOR JESUS CRISTO, pois essa Igreja tinha no seu seio ... um "diabo":
E sabem o que é que esse "diabo" fazia? Influenciava - negativamente, é claro! - todos os restantes membros da Igreja, que eram "trigo" (ver: João 17:12):
"O discurso de Cristo na sinagoga a respeito do pão da vida, foi o ponto de viragem na vida de Judas. Ouviu as palavras: “Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o Seu sangue, não tereis vida em vós mesmos”. João 6:53. Percebeu que Cristo oferecia bens espirituais em vez de terrenos. Considerava-se dotado de grande perspicácia, e pensou que podia ver que Jesus não teria quaisquer honras, e que não podia conceder alguma posição elevada aos Seus seguidores. Decidiu não se unir tão intimamente a Cristo que não pudesse depois separar-se. Vigiaria. E assim fez.
A PARTIR DESSA ALTURA COMEÇOU A EXPRIMIR DÚVIDAS QUE CONFUNDIAM OS DISCÍPULOS. INTRODUZIA CONTROVÉRSIAS E SENTIMENTOS TENDENTES A EXTRAVIAR, EMPREGANDO OS ARGUMENTOS APRESENTADOS [POR QUEM?] PELOS ESCRIBAS E FARISEUS CONTRA [O QUÊ] AS REIVINDICAÇÕES DE [QUEM?] CRISTO. Todas as pequenas e grandes aflições, as contrariedades, as dificuldades e aparentes obstáculos ao avanço do evangelho, Judas interpretava como testemunhos contra a sua veracidade. APRESENTAVA TEXTOS DA ESCRITURA QUE NÃO TINHAM NENHUMA LIGAÇÃO COM AS VERDADES QUE CRISTO ESTAVA A EXPOR. ESTES TEXTOS, SEPARADOS DO SEU CONTEXTO, DEIXAVAM OS DISCÍPULOS PERPLEXOS, ACRESCENTANDO O DESÂNIMO QUE OS ASSALTAVA CONTINUAMENTE. TODAVIA, TUDO ISSO ERA FEITO POR JUDAS DE MANEIRA A FAZER PARECER QUE ERA CONSCIENCIOSO. E ENQUANTO OS DISCÍPULOS ESTAVAM À PROCURA DE PROVAS QUE CONFIRMASSEM AS PALAVRAS DO GRANDE MESTRE, JUDAS, QUASE IMPERCERTIVELMENTE, QUERIA LEVÁ-LOS PARA OUTRO RUMO.
Assim, de modo muito religioso e aparentemente sábio, ESTAVA A APRESENTAR AS COISAS SOB ASPETO DIFERENTE DAQUELE QUE JESUS AS EXPUSERA, E EMPRESTANDO ÀS SUAS PALAVRAS UM SENTIDO QUE ELE NÃO LHES DERA. As suas sugestões estavam sempre a despertar desejos ambiciosos de vantagens temporais, desviando assim os discípulos dos importantes assuntos que deveriam ter considerado. A DISSENSÃO SOBRE QUAL DELES DEVIA SER O MAIOR, ERA GERALMENTE SUSCITADA POR JUDAS."
(Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, págs. 611 e 612 da edição da Publicadora SerVir e pág. 506 da edição online; minha ênfase em maiúsculas)
Assim como esta nefasta influência do "joio" sobre o "trigo" afetou a Igreja Cristã nascente, O MESMO tinha ocorrido desde o início da existência do Povo de Israel:
"E partiram, “cerca de seiscentos mil a pé, somente de homens, sem contar mulheres e crianças. Subiu também com eles uma MISTURA DE GENTE”. Êxodo 12:34-39. Nesta multidão havia não só os que eram movidos pela fé no Deus de Israel, mas também UM NÚMERO MUITO MAIOR DOS QUE DESEJAVAM APENAS ESCAPAR DAS PRAGAS, OU QUE SEGUIAM O ANDAR DAS MULTIDÕES EM MOVIMENTO, LEVADOS MERAMENTE PELA AGITAÇÃO E CURIOSIDADE. ESTA CLASSE FOI SEMPRE UM ESTORVO E UMA CILADA PARA ISRAEL."
(Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, pág. 243 da edição da Publicadora SerVir e pág. 196 da edição online; minha ênfase em maiúsculas)
Será que no tempo de hoje é diferente? A mesma Inspiração que nos relata como foi a situação do Povo de Deus, no passado, é a mesma que nos relata como são as coisas hoje, e muito em breve, antes de terminar o tempo da Graça para o mundo:
"O peneiramento de Deus sacode fora multidões, como folhas secas. A prosperidade multiplica a massa dos que professam. A adversidade expurga-os da Igreja. Como uma classe, não têm o espírito firme em Deus. Saem de nós, porque não são de nós; pois quando surge tribulação ou perseguição por causa da Palavra, muitos se escandalizam." (EGW, Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 479)
Não vai longe o tempo em que a prova envolverá a todos. A marca da besta nos será recomendada com insistência. Os que, passo a passo, cederam às exigências do mundo e se sujeitaram a costumes mundanos não acharão difícil submeter-se aos poderes dominantes, de preferência a expor-se a escárnios, insultos, ameaças de prisão e morte. O conflito é entre os mandamentos de Deus e os mandamentos de homens. Nesse tempo, o ouro será separado da escória na Igreja. A verdadeira piedade distinguir-se-á então claramente daquela que é só aparência. Muitas estrelas cujo brilho temos admirado, então se apagarão transformando-se em trevas. A palha, como nuvem, será levada pelo vento, mesmo de lugares onde só vemos ricos campos de trigo. Todos os que se apoderam dos ornamentos do santuário, mas não se acham vestidos com a justiça de Cristo, aparecerão na vergonha da sua nudez [espiritual]." (EGW, Testemunhos para a Igreja, vol. 5, pág. 81)
"Eis que a grande crise vem sobre o mundo. As Escrituras ensinam que o papado deverá readquirir a sua supremacia perdida, e que os fogos da perseguição serão reatados por meio das concessões oportunistas do chamado mundo protestante. Neste tempo de perigo só podemos subsistir na proporção em que temos a verdade e o poder de Deus. Os homens só podem conhecer a verdade sendo eles próprios participantes da natureza divina. Necessitamos agora de sabedoria mais do que humana em ler e pesquisar as Escrituras; e se nos aproximarmos da Palavra de Deus em humildade de coração, Ele erguerá em nosso favor um estandarte contra os elementos sem lei.
É difícil manter firme o princípio da nossa confiança até ao fim; e A DIFICULDADE AUMENTA QUANDO HÁ INFLUÊNCIAS OCULTAS EM CONSTANTE OPERAÇÃO PARA INTRODUZIR OUTRO ESPÍRITO, UM ELEMENTO QUE OPERA EM SENTIDO CONTRÁRIO, DO LADO SATÂNICO DA QUESTÃO. Na ausência da perseguição, têm penetrado nas nossas fileiras alguns que parecem sensatos, e cujo cristianismo parece ser inquestionável, mas que, caso surgisse a perseguição, sairiam de nós. Na crise, veriam força nos seus raciocínios capciosos que têm tido certa influência no seu espírito. SATANÁS TEM PREPARADO VÁRIOS ARDIS PARA CHEGAR ÀS DIVERSAS MENTES. Quando a lei de Deus for anulada, a Sua Igreja será peneirada por provas terríveis, e uma proporção maior do que agora podemos prever, dará ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demónios. Em vez de serem fortalecidos quando levados a situações difíceis, muitos provam não serem varas vivas da Videira Verdadeira; não dão fruto, e o Lavrador as tira." (EGW, Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 368; minha ênfase em maiúsculas)
"Muitos demonstrarão que não são um com Cristo, que não estão mortos para o mundo, para que possam viver com Ele; e as apostasias de homens que ocuparam posições de responsabilidade serão frequentes." (EGW, Review and Herald, 11/09/1888)
"Mas quando o mundo anular a Lei de Deus, qual será o efeito sobre os que são verdadeiramente obedientes e justos? Serão eles levados pela forte corrente do mal? (...) Nunca! Nem um dos que permanecem em Cristo falhará ou cairá. Os seus seguidores curvar-se-ão em obediência a uma autoridade superior à de qualquer potentado terrestre. Ao passo que o desprezo lançado sobre os mandamentos de Deus leva muitos a suprimir a verdade e mostrar por ela menos reverência, os fiéis hão de com maior zelo manter erguidas as suas verdades distintivas." ( (EGW, Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 368)
fonte: ( > aqui < )