sábado, 2 de dezembro de 2023

OS DOIS ÚLTIMOS CAPÍTULOS DA HISTÓRIA HUMANA

 Os cursos (licenciaturas e mestrados) de História, quer a nível nacional, quer a nível internacional, contêm, nos seus currículos académicos, cadeiras ou disciplinas que tratam da História das mentalidades. Este campo de investigação é relativamente recente, pois surgiu na década de 1960, e tais cadeiras ou disciplinas são frequentemente oferecidas por departamentos de História, mas também podem ser oferecidas por departamentos de Antropologia, Sociologia, ou Estudos culturais.

Nenhuma fonte, contudo, é mais fidedigna para conhecermos a verdadeira História das mentalidades do que a Sagrada Escritura, pois esta nos mostra que, ao invés das diferentes mentalidades surgirem e desaparecerem, estas são recorrentes, isto é: "o que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer: de modo que nada há novo debaixo do sol" (Eclesiastes 1:9; ARC).
Uma outra coisa que a Bíblia nos revela, em termos históricos, é haver uma interessante "simetria" na "arquitetura" dos acontecimentos históricos - ver os seguintes posts, onde abordo esta temática:
Proponho-vos, hoje, para vossa consideração, uma outra "simetria", que envolve, a meu ver, os dois últimos grandes "capítulos" da História humana (os acontecimentos descritos pelas letras A, B e C encontram a sua contrapartida "simétrica" nos acontecimentos C', B' e A'):
A) Roma papal dominou, durante 1260 anos de História (de 538 a 1798), com total autoridade e poder:
- em primeiro lugar, no domínio religioso;
- em segundo lugar, no domínio civil.
B) O poder e a autoridade RELIGIOSOS de Roma papal foram fortemente abalados pela eclosão da Reforma Protestante (em 1517).
C) O poder e a autoridade CIVIS de Roma papal foram fortemente abalados pela eclosão da Revolução Francesa (em 1798).
 
C') O poder e a autoridade CIVIS de Roma papal irão ser plenamente restabelecidos quando o poder ideológico emanado da Revolução Francesa (o ateísmo) tiver sido grandemente subjugado.
B') O poder e a autoridade RELIGIOSOS de Roma papal irão ser plenamente restabelecidos quando o poder religioso emanado da Reforma Protestante (o protestantismo) tiver sido grandemente subjugado.
A') Roma papal dominará, de novo, com total autoridade e poder:
- em primeiro lugar, no domínio civil;
- em segundo lugar, no domínio religioso.
 
Muito provavelmente:
- muitos não concordarão comigo - pouco importa, pois não tento moldar ninguém à forma como penso;
- muitos mais, talvez, nem compreenderão o que procurei transmitir, contudo, creio que "os sábios entenderão" (Daniel 12:10).
 
 Fonte: Net

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

LÍDERES E LIDERADOS NO DESERTO

Já alguma vez notou que, ANTES que Deus fizesse passar o Seu povo de Israel pelo deserto, "por quarenta anos" (Hebreus 3:9; ARC; cf: Números 14:26-35 e Salmos 95:7-11), Deus preparou um líder humano, na ocorrência, Moisés, fazendo com que este estivesse, igualmente, quarenta anos, no deserto (ver: Atos 7:29-30)?
Não é interessante que Moisés tenha estado exatamente o MESMO número de anos, no deserto, que o seu próprio povo teria de estar?
Que lição podemos retirar deste FACTO HISTÓRICO?
Não parece claro que Deus quis treinar um homem para este estar capacitado para, depois, guiar o Seu povo através dessa mesma travessia pelo deserto?

A mesma experiência no deserto foi vivida por outros importantes líderes do povo de Deus, e mesmo pelo povo como um todo:

● O profeta Elias, que viveu no século IX a.C., num período de grande apostasia do reino do norte (Israel). Elias foi perseguido pelo rei Acab/Acabe e fugiu para o "ribeiro de Carith" (1 Reis 17:3 e 5; ARC) ou "torrente de Querite" (ARA), que é um rio que alguns estudiosos acreditam que ficava na região a nordeste de Jericó, e que desagua no rio Jordão, perto do Mar Morto.

● João Batista, "um profeta ... e muito mais do que profeta" (Mateus 11:9; ARC), que pregou o arrependimento e o batismo. João Batista viveu "no deserto da Judeia" (Mateus 3:1; ARC), onde pregou a vinda do Messias (ver: Mateus 3:1-12).

● O próprio Senhor Jesus Cristo, que passou 40 dias no deserto, onde foi tentado pelo diabo (ver: Mateus 4:1-11 e Lucas 4:1-13), antes de iniciar o Seu ministério público na Galileia (ver: Mateus 4:12-17 e Lucas 4:14-15).

● O grande apóstolo Paulo que, ANTES de iniciar o seu ministério apostólico "diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel" (Atos 9:15; ARC), passou "três anos" (Gálatas 1:18) nas "regiões da Arábia" (Gálatas 1:17; ARA), que eram, e são, regiões desérticas.

● A própria "Igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade" (1 Timóteo 3:15; ARA), que é constituída pelo povo líder do mundo (ver: Deuteronómio 28:1 e 13) passou "um tempo, e tempos, e metade de um tempo", a saber, "mil duzentos e sessenta dias", no "deserto" (ver: Apocalipse 12:14 e 6).

Com todos estes exemplos, porventura dar-se-á o caso de querer chegar a Canaã ou estar preparado para lá chegar... sem passar pelo deserto? Então... pense outra vez!

A grande questão é esta: QUAL É O PROPÓSITO DE DEUS em permitir que o Seu povo e, por vezes, alguns dos líderes do Seu povo, passem pela experiência do deserto?

Eis o que a pena inspirada nos revela a respeito da experiência de Moisés no deserto de Midian:

"Ao matar o egípcio, Moisés tinha caído no mesmo erro tantas vezes cometido pelos seus pais. O erro de tomar nas suas próprias mãos a obra que Deus tinha prometido realizar. Não era vontade de Deus libertar o Seu povo pela guerra, como Moisés pensava, mas pelo Seu próprio grande poder, para que a glória Lhe fosse atribuída apenas a Ele. Todavia, mesmo sendo um ato precipitado, foi aproveitado por Deus para cumprir os Seus propósitos. MOISÉS NÃO ESTAVA PREPARADO PARA A SUA GRANDE OBRA. Tinha ainda que aprender a mesma lição de fé que tinha sido ensinada a Abraão e Jacó — não confiar na força, nem na sabedoria humanas para o cumprimento das promessas de Deus, mas no Seu poder. E havia outras lições que, na solidão das montanhas, Moisés devia receber. Na escola da abnegação e dificuldades, DEVIA APRENDER A PACIÊNCIA, PARA MODERAR AS SUAS PAIXÕES. Antes de poder governar sabiamente, devia ser ensinado a obedecer. O SEU PRÓPRIO CORAÇÃO DEVIA ESTAR EM COMPLETA HARMONIA COM DEUS, antes de poder transmitir o conhecimento da Sua vontade para Israel. PELA SUA PRÓPRIA EXPERIÊNCIA, DEVIA ESTAR PREPARADO PARA EXERCER UM CUIDADO PATERNAL SOBRE TODOS OS QUE NECESSITAVAM DO SEU AUXÍLIO.

O homem teria dispensado aquele longo período de labuta e obscuridade, julgando-o uma grande perda de tempo. MAS A SABEDORIA INFINITA CHAMOU AQUELE QUE SE TORNARIA O DIRIGENTE DO SEU POVO, PARA PASSAR QUARENTA ANOS NO HUMILDE TRABALHO DE PASTOR. Os hábitos de se esquecer de si mesmo, para cuidar do seu rebanho com terna preocupação, desenvolvidos dessa forma, prepará-lo-iam para se tornar no bondoso e paciente pastor de Israel. Nada do que o ensino ou a cultura humana pudessem conceder, poderia ser um substituto para esta experiência.

Moisés tinha estado a aprender muita coisa que tinha de desaprender. As influências que o tinham cercado no Egito — o amor da sua mãe adotiva, a sua própria posição elevada como neto do rei, a devassidão por todos os lados, o requinte, a subtileza e o misticismo de uma religião falsa, o esplendor de um culto idólatra, a solene grandiosidade da arquitetura e da escultura — tudo tinha deixado profundas influências na sua mente em desenvolvimento, e moldara, até certo ponto, os seus hábitos e o seu caráter. O tempo, a mudança de ambiente e a comunhão com Deus podiam remover estas influências. ABANDONAR O ERRO E ACEITAR A VERDADE REQUERIA, DA PARTE DO PRÓPRIO MOISÉS, UMA LUTA TREMENDA; MAS DEUS SERIA O SEU AUXILIADOR, QUANDO O CONFLITO FOSSE DEMASIADO SEVERO PARA A FORÇA HUMANA.
" (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, págs. 214 e 215 da edição da Publicadora SerVir e pág. 173 da edição online; minha ênfase em maiúsculas)

Por acaso revê-se na experiência de Moisés? Olhe o que a experiência de Moisés ensina A TODOS NÓS:

"Em todos os que têm sido escolhidos para cumprir uma obra para Deus, vê-se o elemento humano. Todavia, Deus não chamou homens de hábitos e caráter estereotipados, que se sentiam satisfeitos em permanecer naquela condição. Fervorosamente desejavam obter sabedoria de Deus, e aprender a trabalhar para Ele. Diz o apóstolo: “Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada.” Tiago 1:5. Deus, porém, não comunicará aos homens luz divina, enquanto estiverem satisfeitos em permanecer nas trevas. Para poder receber o auxílio de Deus, o homem deve compenetrar-se da sua fraqueza e deficiência; deve envolver o seu próprio espírito na grande mudança que em si deve ser operada; deve despertar para a oração e esforço fervorosos e perseverantes. Hábitos e práticas erradas devem ser repelidos; E É APENAS PELO ESFORÇO DECIDIDO NO SENTIDO DE CORRIGIR TAIS ERROS, E POR NOS ADAPTARMOS AOS PRINCÍPIOS RETOS, QUE A VITÓRIA PODE SER GANHA. Muitos nunca atingem a posição que poderiam ocupar, porque esperam que Deus faça por eles aquilo que Ele lhes deu capacidade para fazerem por si mesmos. TODOS OS QUE DECIDEM SER ÚTEIS DEVEM SER TREINADOS PELA MAIS SEVERA DISCIPLINA MENTAL E MORAL; E DEUS OS AJUDARÁ, UNINDO O PODER DIVINO AO ESFORÇO HUMANO." (Idem, págs. 215 e 216 da edição da Publicadora SerVir e pág. 173 da edição online; minha ênfase em maiúsculas).

Fonte: Net

terça-feira, 11 de julho de 2023

AS "TENDAS" DE ROMA


[DISCLAIMER: O conteúdo deste post pode ser suscetível de causar algum desconforto a pessoas mais sensíveis. Por isso, se esse é o caso consigo ... NÃO LEIA ESTE ARTIGO!]

Há quase 2 anos publiquei, aqui neste meu perfil de Facebook, este artigo (com o título: "Tendas Romanas em Israel": https://www.facebook.com/paulomanuel.nobrecordeiro/posts/pfbid02djCnuxYqgcvvQvE6r9uH9nh9kuWxHmeAs4eFdJBtUq5TqZfTdJzECViwmUsR1zz5l).

De lá para cá esta convicção só tem crescido dentro de mim, tanto mais que as evidências são cada vez mais numerosas de que a Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) está ... sob ataque papal!

Contudo, esse ataque é tão subtil na sua natureza, que MUITOS não têm a mínima consciência desse facto e, seguramente por esta razão, criticam quem ouse afirmar tal coisa! No entanto, a profecia é claríssima:

Roma, o "rei do norte", iria tentar - e iria conseguir! - colocar as "tendas do seu palácio" (Daniel 11:45; ARC) - entenda-se: a sua influência - NO SEIO da "terra gloriosa" (Daniel 11:41) ou no "monte santo e glorioso" (Daniel 11:45; ARC) - uma clara referência à nação de Israel que, "no tempo do fim" (Daniel 11:40; ARA), tem que se referir ao Israel espiritual e não ao Israel literal.

Como resultado dessa invasão secreta, "muitos sucumbirão" (Daniel 11:41; ARA) - seguramente na sua fé na mensagem desse Israel espiritual, mensagem essa que está fundamentada na Palavra de Deus e é atestada pelo "testemunho de Jesus" (Apocalipse 12:17), que "é o espírito de profecia" (Apocalipse 19:10), a saber, o espírito que Deus coloca sobre "os profetas" (Apocalipse 22:9).

Felizmente que nem todos "sucumbirão, mas do seu poder [do "rei do norte"] escaparão" (Daniel 11:41; ARA) alguns! E, a exemplo do que já aconteceu em épocas anteriores, nesta luta milenar, "o povo que conhece o seu Deus se tornará forte e ativo. Os sábios entre o povo ensinarão a muitos;" (Daniel 11:32 e 33; ARA). Contudo, Roma não perdoará a ousadia desses que "conhecem o seu Deus" e, por isso, "cairão pela espada e pelo fogo, pelo cativeiro e pelo roubo, por algum tempo" (Daniel 11:33; ARA).

Somos informados que, no passado, nomeadamente no tempo da Reforma Protestante, Roma utilizou a seguinte tática para neutralizar os agentes da Reforma, que se opunham ao domínio absoluto pelo qual o sistema papal queria reger a consciência de cada pessoa:

"Os Católicos Romanos decidiram-se a derrubar o que denominaram como "ousada obstinação". Começaram a procurar dar origem a divisões entre os sustentáculos da Reforma, e intimidar todos os que não se tinham declarado abertamente a seu favor." (EGW, O Grande Conflito, Publicadora SerVir, julho de 2022, pág. 140).

Mas uma vez que, somos igualmente informados que:

"A IGREJA DE ROMA apresenta hoje ao mundo uma fronte serena, cobrindo de justificações o registo das suas horríveis crueldades. Vestiu-se com roupagens de aspeto cristão, porém, NÃO MUDOU. Todos os princípios formulados pelo Papado em épocas passadas existem ainda hoje. As doutrinas inventadas nos séculos de trevas ainda são mantidas. NINGUÉM SE DEVE ILUDIR. O PAPADO que os Protestantes hoje estão tão prontos a honrar É O MESMO QUE GOVERNOU O MUNDO NOS DIAS DA REFORMA, quando homens de Deus se levantavam, com perigo de vida, para denunciarem a sua iniquidade. Possui O MESMO orgulho e A MESMA presunção arrogante que fizeram dele senhor sobre reis e príncipes, e o fizeram reclamar as prerrogativas de Deus. O seu espírito NÃO É MENOS CRUEL E DESPÓTICO HOJE do que quando destruiu a liberdade humana e matou os santos do Altíssimo." (Idem, pág. 394; minha ênfase em maiúsculas).

Se, então, "o Papado ... hoje ... é o mesmo que governou o mundo nos dias da Reforma [Protestante]", não será de esperar que, HOJE, utilizem as mesmas estratégias do passado? A resposta mais lógica e óbvia é apenas UMA: claro que sim!

E que estratégia foi/é essa? É a de:

- decidirem-se - certamente de forma deliberada e intencional - a "DERRUBAR o que [denominam] como "ousada obstinação" ["ousada obstinação" é, na definição de Roma papal, toda a voz que se levante contra os dogmas e pontos de vista adotados pela Igreja, que consideram ser infalível nos seus pronunciamentos].

- "PROCURAR DAR ORIGEM A DIVISÕES entre os sustentáculos da Reforma". Pergunta crucial: COMO É QUE eles terão conseguido esse objetivo, no passado - "procurar dar origem a divisões" entre os próprios "sustentáculos da Reforma"? Certamente por terem tentado infiltrar a sua influência no seio dos próprios "sustentáculos da Reforma"! Faz isto sentido para si, sim ou não?

- "INTIMIDAR todos os que não se tinham declarado abertamente a seu favor [da Reforma Protestante]".

Quem são os "sustentáculos da Reforma" nos nossos dias? Não é a ÚNICA Igreja verdadeiramente protestante, que ainda subsiste, uma vez que a sua DOUTRINA OFICIAL é a única que consegue desmontar, na íntegra, a altiva pretensão papal de ser infalível? E se Roma papal, no passado, procurou e certamente conseguiu infiltrar-se no seio dos próprios "sustentáculos da Reforma", dando "origem a divisões" entre eles, e se, por outro lado, "a Igreja de Roma ... não mudou", que tipo de estratégia acham que Roma usará, HOJE, entre os atuais "sustentáculos [e continuadores] da Reforma" Protestante? Está correto este raciocínio, sim ou não? E parte ele de premissas verdadeiras, sim ou não?

Essas "divisões", causadas entre os "sustentáculos da Reforma" de hoje, originam-se, frequentemente, em:

- heresias claras (como a ideia de que os primeiros onze capítulos do livro de Génesis, que relatam, sobretudo, a Criação e o Dilúvio, são um mito ou uma lenda e a aceitação do estilo de vida homossexual);

- "encobrimento da verdade" (falando-se raramente de importantíssimas verdades escatológicas, sobretudo as que denunciam a Igreja de Roma, o que ela fez, faz e ainda fará, assim como a apostasia na qual caíram e estão a cair, ainda mais, as Igrejas tradicionalmente protestantes);

- práticas incorretas que tendem a minar a espiritualidade e/ou a própria moral dos membros de Igreja (estilos litúrgicos totalmente inapropriados, com músicas que, em vez de elevarem o nosso espírito, o embrutecem, ou concessões no estilo de vida, como o uso de substâncias nocivas à saúde, como a utilização da carne como alimento e o uso de substâncias tóxicas, como bebidas cafeinadas e até alcoólicas);

- dúvidas que são lançadas sobre pontos vitais da nossa fé (como aquelas que foram suscitadas por Desmond Ford, em 1980, e que estão a reaparecer, mas agora de forma mais subtil e dispersa);

- determinados procedimentos administrativos que minam, a curto ou mesmo a médio e a longo prazo, valores e princípios absolutamente essenciais ao bom funcionamento da Igreja de Deus (como a aceitação da liderança feminina, na Igreja).

No entanto, é precisamente aqui que MUITOS OUTROS caem num OUTRO ERRO, a meu ver, não menos grave e prejudicial: pensam ou creem que a Igreja Remanescente do SENHOR, afetada que está por estes PROBLEMAS INTERNOS, encontra-se de tal modo corrompida que já não existe salvação para ela! Neste ponto eu DISCORDO TOTALMENTE daqueles que assim pensam! Porquê? Por DUAS razões principais:

1ª) Porque existem MUITAS evidências de que o SENHOR continua ao leme da Sua Igreja Remanescente. Uma das mais fortes evidências é que todos os problemas internos acima referidos NÃO FAZEM PARTE da ortodoxia adventista! Se tivesse havido uma alteração oficial de doutrinas e de princípios morais, então, aí sim, eu ficaria extremamente preocupado! Mas - felizmente e graças a Deus por isso! - esse NÃO É O CASO!

2ª) Porque alguns dos que denunciam os problemas internos da Igreja evidenciam, eles próprios, incoerências, que mostram não estarem na senda da Verdade (no entanto é o meu sincero desejo que, quer os críticos, quer os complacentes, venham a aderir e a viver TODA a Verdade - como eu desejo para mim mesmo!).

Dois flagrantes exemplos (entre muitos outros que poderia mencionar):

1º) aqueles que denunciam a IASD como tendo bebido do "vinho de Babilónia" - nomeadamente por ter aceite a - assim chamada por eles - "doutrina católico-romana da Trindade", são, eles próprios, que estão em TOTAL SINTONIA com a doutrina oficial católico-romana da Trindade! É incrível ... mas é verdade! (ver: https://www.facebook.com/paulomanuel.nobrecordeiro/posts/pfbid02LUWeGuuw2ui1BqCSJEzjdmYorrgpSstsew42KvsjfmJnyMx89CxvraSPp1cCWuWPl);

2º) a profecia de Daniel 11, poderosíssima para podermos identificar os sofismas e atuações da Igreja de Roma, precisamente num tempo em que mais necessitamos de "estar a postos", está, hoje, a ser pateticamente distorcida por Irmãos, aparentemente sinceros, mas que interpretam a parte final dessa profecia como querendo significar que a Turquia invadirá, brevemente, a nação literal de Israel e que, quando isso acontecer, estará para terminar o tempo da Graça! Tudo isso "a reboque" de uma interpretação dada por um pioneiro da IASD, na ocorrência Uriah Smith, que defendeu que o "rei do norte" de Daniel 11 seria a Turquia e que a guerra do Armagedom ocorreria no vale de Meguido (Israel), interpretação essa que foi fortemente criticada pelo Pr. Tiago White, marido de Ellen White. Ficamos até com a dúvida se o próprio Pr. Uriah Smith não teria sido influenciado por algum agente de Roma, que queria tirar o foco da profecia, precisamente de ... Roma, como tentaram fazer - e com êxito! - com a interpretação do anticristo como sendo o sistema papal, interpretação esta que foi defendida por quase todos, senão mesmo por todos os reformadores protestantes. Roma trabalha com tal astúcia que, dali, tudo pode vir! E, por isso, "muitos sucumbirão" (Daniel 11:41; ARA) ao seu poder de sedução, nada menos do que "os reis da terra" e "os que habitam na terra" (Apocalipse 17:2).

Fonte: ( net )

QUANDO O "JOIO" INFLUENCIA O "TRIGO"


A Igreja de Deus, na Terra, NUNCA foi totalmente pura, no seu conjunto! Nem mesmo a Igreja nascente, liderada pelo próprio SENHOR JESUS CRISTO, pois essa Igreja tinha no seu seio ... um "diabo":

"Replicou-lhes Jesus: Não vos escolhi Eu em número de doze? Contudo, um de vós é diabo. Referia-se Ele a Judas, filho de Simão Iscariotes; porque era quem estava para traí-Lo, sendo um dos doze." (João 6:70 e 71; ARC, versão brasileira).

E sabem o que é que esse "diabo" fazia? Influenciava - negativamente, é claro! - todos os restantes membros da Igreja, que eram "trigo" (ver: João 17:12):

"O discurso de Cristo na sinagoga a respeito do pão da vida, foi o ponto de viragem na vida de Judas. Ouviu as palavras: “Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o Seu sangue, não tereis vida em vós mesmos”. João 6:53. Percebeu que Cristo oferecia bens espirituais em vez de terrenos. Considerava-se dotado de grande perspicácia, e pensou que podia ver que Jesus não teria quaisquer honras, e que não podia conceder alguma posição elevada aos Seus seguidores. Decidiu não se unir tão intimamente a Cristo que não pudesse depois separar-se. Vigiaria. E assim fez.

A PARTIR DESSA ALTURA COMEÇOU A EXPRIMIR DÚVIDAS QUE CONFUNDIAM OS DISCÍPULOS. INTRODUZIA CONTROVÉRSIAS E SENTIMENTOS TENDENTES A EXTRAVIAR, EMPREGANDO OS ARGUMENTOS APRESENTADOS [POR QUEM?] PELOS ESCRIBAS E FARISEUS CONTRA [O QUÊ] AS REIVINDICAÇÕES DE [QUEM?] CRISTO. Todas as pequenas e grandes aflições, as contrariedades, as dificuldades e aparentes obstáculos ao avanço do evangelho, Judas interpretava como testemunhos contra a sua veracidade. APRESENTAVA TEXTOS DA ESCRITURA QUE NÃO TINHAM NENHUMA LIGAÇÃO COM AS VERDADES QUE CRISTO ESTAVA A EXPOR. ESTES TEXTOS, SEPARADOS DO SEU CONTEXTO, DEIXAVAM OS DISCÍPULOS PERPLEXOS, ACRESCENTANDO O DESÂNIMO QUE OS ASSALTAVA CONTINUAMENTE. TODAVIA, TUDO ISSO ERA FEITO POR JUDAS DE MANEIRA A FAZER PARECER QUE ERA CONSCIENCIOSO. E ENQUANTO OS DISCÍPULOS ESTAVAM À PROCURA DE PROVAS QUE CONFIRMASSEM AS PALAVRAS DO GRANDE MESTRE, JUDAS, QUASE IMPERCERTIVELMENTE, QUERIA LEVÁ-LOS PARA OUTRO RUMO.

Assim, de modo muito religioso e aparentemente sábio, ESTAVA A APRESENTAR AS COISAS SOB ASPETO DIFERENTE DAQUELE QUE JESUS AS EXPUSERA, E EMPRESTANDO ÀS SUAS PALAVRAS UM SENTIDO QUE ELE NÃO LHES DERA. As suas sugestões estavam sempre a despertar desejos ambiciosos de vantagens temporais, desviando assim os discípulos dos importantes assuntos que deveriam ter considerado. A DISSENSÃO SOBRE QUAL DELES DEVIA SER O MAIOR, ERA GERALMENTE SUSCITADA POR JUDAS."

(Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, págs. 611 e 612 da edição da Publicadora SerVir e pág. 506 da edição online; minha ênfase em maiúsculas)

Assim como esta nefasta influência do "joio" sobre o "trigo" afetou a Igreja Cristã nascente, O MESMO tinha ocorrido desde o início da existência do Povo de Israel:

"E partiram, “cerca de seiscentos mil a pé, somente de homens, sem contar mulheres e crianças. Subiu também com eles uma MISTURA DE GENTE”. Êxodo 12:34-39. Nesta multidão havia não só os que eram movidos pela fé no Deus de Israel, mas também UM NÚMERO MUITO MAIOR DOS QUE DESEJAVAM APENAS ESCAPAR DAS PRAGAS, OU QUE SEGUIAM O ANDAR DAS MULTIDÕES EM MOVIMENTO, LEVADOS MERAMENTE PELA AGITAÇÃO E CURIOSIDADE. ESTA CLASSE FOI SEMPRE UM ESTORVO E UMA CILADA PARA ISRAEL."

(Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, pág. 243 da edição da Publicadora SerVir e pág. 196 da edição online; minha ênfase em maiúsculas)

Será que no tempo de hoje é diferente? A mesma Inspiração que nos relata como foi a situação do Povo de Deus, no passado, é a mesma que nos relata como são as coisas hoje, e muito em breve, antes de terminar o tempo da Graça para o mundo:

"O peneiramento de Deus sacode fora multidões, como folhas secas. A prosperidade multiplica a massa dos que professam. A adversidade expurga-os da Igreja. Como uma classe, não têm o espírito firme em Deus. Saem de nós, porque não são de nós; pois quando surge tribulação ou perseguição por causa da Palavra, muitos se escandalizam." (EGW, Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 479)

Não vai longe o tempo em que a prova envolverá a todos. A marca da besta nos será recomendada com insistência. Os que, passo a passo, cederam às exigências do mundo e se sujeitaram a costumes mundanos não acharão difícil submeter-se aos poderes dominantes, de preferência a expor-se a escárnios, insultos, ameaças de prisão e morte. O conflito é entre os mandamentos de Deus e os mandamentos de homens. Nesse tempo, o ouro será separado da escória na Igreja. A verdadeira piedade distinguir-se-á então claramente daquela que é só aparência. Muitas estrelas cujo brilho temos admirado, então se apagarão transformando-se em trevas. A palha, como nuvem, será levada pelo vento, mesmo de lugares onde só vemos ricos campos de trigo. Todos os que se apoderam dos ornamentos do santuário, mas não se acham vestidos com a justiça de Cristo, aparecerão na vergonha da sua nudez [espiritual]." (EGW, Testemunhos para a Igreja, vol. 5, pág. 81)

"Eis que a grande crise vem sobre o mundo. As Escrituras ensinam que o papado deverá readquirir a sua supremacia perdida, e que os fogos da perseguição serão reatados por meio das concessões oportunistas do chamado mundo protestante. Neste tempo de perigo só podemos subsistir na proporção em que temos a verdade e o poder de Deus. Os homens só podem conhecer a verdade sendo eles próprios participantes da natureza divina. Necessitamos agora de sabedoria mais do que humana em ler e pesquisar as Escrituras; e se nos aproximarmos da Palavra de Deus em humildade de coração, Ele erguerá em nosso favor um estandarte contra os elementos sem lei.

É difícil manter firme o princípio da nossa confiança até ao fim; e A DIFICULDADE AUMENTA QUANDO HÁ INFLUÊNCIAS OCULTAS EM CONSTANTE OPERAÇÃO PARA INTRODUZIR OUTRO ESPÍRITO, UM ELEMENTO QUE OPERA EM SENTIDO CONTRÁRIO, DO LADO SATÂNICO DA QUESTÃO. Na ausência da perseguição, têm penetrado nas nossas fileiras alguns que parecem sensatos, e cujo cristianismo parece ser inquestionável, mas que, caso surgisse a perseguição, sairiam de nós. Na crise, veriam força nos seus raciocínios capciosos que têm tido certa influência no seu espírito. SATANÁS TEM PREPARADO VÁRIOS ARDIS PARA CHEGAR ÀS DIVERSAS MENTES. Quando a lei de Deus for anulada, a Sua Igreja será peneirada por provas terríveis, e uma proporção maior do que agora podemos prever, dará ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demónios. Em vez de serem fortalecidos quando levados a situações difíceis, muitos provam não serem varas vivas da Videira Verdadeira; não dão fruto, e o Lavrador as tira." (EGW, Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 368; minha ênfase em maiúsculas)

"Muitos demonstrarão que não são um com Cristo, que não estão mortos para o mundo, para que possam viver com Ele; e as apostasias de homens que ocuparam posições de responsabilidade serão frequentes." (EGW, Review and Herald, 11/09/1888)

"Mas quando o mundo anular a Lei de Deus, qual será o efeito sobre os que são verdadeiramente obedientes e justos? Serão eles levados pela forte corrente do mal? (...) Nunca! Nem um dos que permanecem em Cristo falhará ou cairá. Os seus seguidores curvar-se-ão em obediência a uma autoridade superior à de qualquer potentado terrestre. Ao passo que o desprezo lançado sobre os mandamentos de Deus leva muitos a suprimir a verdade e mostrar por ela menos reverência, os fiéis hão de com maior zelo manter erguidas as suas verdades distintivas." ( (EGW, Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 368)

fonte: ( > aqui <  )