domingo, 24 de julho de 2022

Salvação ao longo das eras

Creia...  

O Plano da Salvação

Deus não espera que nos tornemos eremitas ou monges e que nos isolemos do mundo a fim de tornar-nos interessados em actos de adoração. Nossa vida deve ser igual à de Cristo, nos dividindo entre o monte da oração e o contacto com as multidões. Aquele que nada faz além de orar em breve abandonará essa prática; suas orações acabarão se tornando uma formalidade rotineira. Quando as pessoas se afastam da vida em sociedade e ficam distantes da esfera do dever cristão, deixando de levar sua cruz; quando deixam de trabalhar de maneira dedicada pelo Mestre, Aquele que por elas Se entregou, acabam perdendo o objectivo essencial da oração e o estímulo à devoção. Suas orações se tornam pessoais e egoístas. Não conseguem orar em favor das necessidades dos outros nem pelo estabelecimento do reino de Cristo. {CCn 63.5}

 
Sofremos uma perda quando negligenciamos o privilégio de reunir-nos para fortalecer e animar uns aos outros no serviço de Deus. As verdades da Sua Palavra perdem o atrativo e a importância para nossa mente. Nosso coração deixa de ser iluminado e comovido por Sua influência santificadora, e nossa espiritualidade declina. Perdemos muito em nossas relações como cristãos por falta de simpatia um pelos outros. Aquele que se fecha em si mesmo não está preenchendo a posição designada por Deus. O cultivo adequado dos elementos sociais de nossa natureza desenvolve a simpatia de uns em relação aos outros e é uma maneira de nos fazer crescer e fortalecer-nos para o serviço de Deus. {CCn 64.1}
 
Se os cristãos estivessem unidos e falassem uns com os outros sobre o amor de Deus e as preciosas verdades da redenção, seu coração seria renovado e ajudariam uns aos outros. Devemos aprender diariamente de nosso Pai celestial, e dEle sempre obter uma nova experiência de Sua graça; só então desejaremos falar de Seu amor. Ao assim fazermos, nosso próprio coração ficará confortado e animado. Se pensarmos e falarmos mais de Jesus, e menos do próprio eu, teremos muito mais de Sua presença conosco. {CCn 64.2}
 
Se pensássemos em Deus tantas vezes quantas percebemos as evidências de Seu cuidado por nós, O teríamos sempre em nossos pensamentos e nos deleitaríamos em falar dEle e em louvá-Lo. Falamos de coisas materiais porque nisso temos interesse. Falamos de nossos amigos, pois os amamos; com eles partilhamos nossas alegrias e tristezas. *Temos, no entanto, razões muito maiores para amar mais a Deus do que aos nossos amigos terrestres. ***Deveria ser a coisa mais natural do mundo fazer dEle o primeiro em todos os nossos pensamentos, falar de Sua bondade e contar aos outros do Seu poder. Os ricos dons que Ele derramou sobre nós não deveriam absorver nossos pensamentos nem tampouco nosso amor, de modo que nada tivéssemos para dedicar a Deus. Esses dons devem constantemente fazer com que nos lembremos dEle, ligando-nos com laços de amor e gratidão ao nosso celestial Benfeitor. Estamos por demais arraigados a esta Terra. Levantemos nosso olhar para a porta aberta do santuário celestial, onde a luz da glória de Deus resplandece na face de Cristo, que pode salvar totalmente os que por Ele se chegam a Deus”. Hebreus 7:25. {CCn 64.3}
 
Precisamos louvar mais a Deus por Sua bondade e por Suas maravilhas para com os filhos dos homens”. Salmos 107:8. Nossas atividades devocionais não deveriam se resumir a pedir e receber. Não pensemos apenas naquilo que precisamos, e nunca nos benefícios que recebemos. Não oramos muito, mas somos ainda mais económicos em dar graças. **Estamos continuamente recebendo as misericórdias divinas e, no entanto, quão pouca gratidão expressamos, quão pouco O louvamos pelo que fez por nós. * {CCn 64.4}
 
Deus instruiu o povo de Israel, no passado, ao se reunir para o culto ao Senhor:Lá, comereis perante o Senhor, vosso Deus, e vos alegrareis em tudo o que fizerdes, vós e as vossas casas, no que vos tiver abençoado o Senhor, vosso Deus”. Deuteronômio 12:7. Aquilo que é feito para a glória de Deus deve ser feito com alegria, cânticos de louvor e ações de graça, não com tristeza e aspecto sombrio.  {CCn 65.1}
 
Nosso Deus é um Pai amoroso e misericordioso. Os cultos a Ele dedicados não deveriam ser vistos como uma atividade triste e cansativa.Louvar ao Senhor e desempenhar uma parte em Sua obra devem ser um prazer. Deus não quer que Seus filhos, para quem proveu tão grande salvação, ajam como se Ele fosse um chefe duro e exigente. Ele é seu melhor amigo, e deseja relacionar-Se com Seus filhos quando vão adorá-Lo para abençoá-los, confortá-los e encher seu coração de alegria e amor. O Senhor deseja que Seus filhos encontrem conforto ao servi-Lo, e mais prazer do que dificuldades em Seu trabalho.*Ele deseja que aqueles que O adoram levem consigo os preciosos pensamentos sobre Seu cuidado e amor, para que possam estar animados em todas as ocupações da vida diária, e recebam a graça necessária para lidar sincera e fielmente com todas as coisas. {CCn 65.2}
 
Precisamos reunir-nos em torno da cruz. O Cristo crucificado deve ser o tema de nossas meditações, de nossas conversas, e de nossas mais alegres emoções. Devemos ter em mente cada bênção que recebemos de Deus. Ao percebermos Seu grande amor, devemos estar dispostos a confiar tudo nas mãos que foram, por nós, cravadas na cruz. {CCn 65.3}
 
Nas asas do louvor, o coração pode elevar-se para mais perto do Céu. Deus é adorado com cânticos e música nas cortes celestiais. Ao expressarmos nossa gratidão, estamos nos aproximando do culto das hostes celestiais. “O que Me oferece sacrifício de ações de graças, esse Me glorificará”. Salmos 50:23. Cheguemos, pois, com reverente alegria perante nosso Criador, e com “ações de graça e som de música”**. Isaías 51:3. {CCn 65.4}
 
 
 
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