Creia...
O Plano da Salvação
Deus não espera que nos tornemos eremitas ou monges e que nos isolemos do
mundo a fim de tornar-nos interessados em actos de adoração. Nossa vida
deve ser igual à de Cristo, nos dividindo entre o monte da oração e o
contacto com as multidões. Aquele que nada faz além de orar em breve
abandonará essa prática; suas orações acabarão se tornando uma
formalidade rotineira. Quando as pessoas se afastam da vida
em sociedade e ficam distantes da esfera do dever cristão, deixando de
levar sua cruz; quando deixam de trabalhar de maneira dedicada pelo
Mestre, Aquele que por elas Se entregou, acabam perdendo o objectivo
essencial da oração e o estímulo à devoção. Suas orações se
tornam pessoais e egoístas. Não conseguem orar em favor das
necessidades dos outros nem pelo estabelecimento do reino de Cristo.
{CCn 63.5}
Sofremos
uma perda quando negligenciamos o privilégio de reunir-nos para
fortalecer e animar uns aos outros no serviço de Deus. As
verdades da Sua Palavra perdem o atrativo e a importância para nossa
mente. Nosso coração deixa de ser iluminado e comovido por Sua
influência santificadora, e nossa espiritualidade declina. Perdemos muito em nossas relações como cristãos por falta de simpatia um pelos outros. Aquele que se fecha em si mesmo não está preenchendo a posição designada por Deus.
O cultivo adequado dos elementos sociais de nossa natureza desenvolve a
simpatia de uns em relação aos outros e é uma maneira de nos fazer
crescer e fortalecer-nos para o serviço de Deus. {CCn 64.1}
Se
os cristãos estivessem unidos e falassem uns com os outros sobre o amor
de Deus e as preciosas verdades da redenção, seu coração seria renovado
e ajudariam uns aos outros. Devemos aprender diariamente de nosso Pai
celestial, e dEle sempre obter uma nova experiência de Sua graça; só
então desejaremos falar de Seu amor. Ao assim fazermos, nosso próprio
coração ficará confortado e animado. Se pensarmos e falarmos mais de
Jesus, e menos do próprio eu, teremos muito mais de Sua presença
conosco. {CCn 64.2}
Se
pensássemos em Deus tantas vezes quantas percebemos as evidências de
Seu cuidado por nós, O teríamos sempre em nossos pensamentos e nos
deleitaríamos em falar dEle e em louvá-Lo. Falamos de coisas materiais
porque nisso temos interesse. Falamos de nossos amigos, pois os amamos;
com eles partilhamos nossas alegrias e tristezas. *Temos, no entanto,
razões muito maiores para amar mais a Deus do que aos nossos amigos
terrestres. ***Deveria ser a coisa mais natural do mundo fazer dEle o
primeiro em todos os nossos pensamentos, falar de Sua bondade e contar
aos outros do Seu poder. Os ricos dons que Ele derramou sobre nós não
deveriam absorver nossos pensamentos nem tampouco nosso amor, de modo
que nada tivéssemos para dedicar a Deus. Esses dons devem constantemente
fazer com que nos lembremos dEle, ligando-nos com laços de amor e
gratidão ao nosso celestial Benfeitor. Estamos por demais arraigados a esta Terra.
Levantemos nosso olhar para a porta aberta do santuário celestial,
onde a luz da glória de Deus resplandece na face de Cristo, que pode salvar totalmente os que por Ele se chegam a Deus”. Hebreus 7:25. {CCn 64.3}
Precisamos louvar mais a Deus “por Sua bondade e por Suas maravilhas para com os filhos dos homens”.
Salmos 107:8. Nossas atividades devocionais não deveriam se resumir a
pedir e receber. Não pensemos apenas naquilo que precisamos, e nunca nos
benefícios que recebemos. Não oramos muito, mas somos ainda mais económicos em dar graças.
**Estamos continuamente recebendo as misericórdias divinas e, no
entanto, quão pouca gratidão expressamos, quão pouco O louvamos pelo que
fez por nós. * {CCn 64.4}
Deus instruiu o povo de Israel, no passado, ao se reunir para o culto ao Senhor: “Lá,
comereis perante o Senhor, vosso Deus, e vos alegrareis em tudo o que
fizerdes, vós e as vossas casas, no que vos tiver abençoado o Senhor,
vosso Deus”. Deuteronômio 12:7. Aquilo que é feito para a
glória de Deus deve ser feito com alegria, cânticos de louvor e ações
de graça, não com tristeza e aspecto sombrio. {CCn 65.1}
Nosso Deus é um Pai amoroso e misericordioso. Os cultos a Ele dedicados não deveriam ser vistos como uma atividade triste e cansativa.Louvar ao Senhor e desempenhar uma parte em Sua obra devem ser um prazer. Deus não quer que Seus filhos, para quem proveu tão grande salvação, ajam como se Ele fosse um chefe duro e exigente.
Ele é seu melhor amigo, e deseja relacionar-Se com Seus filhos quando
vão adorá-Lo para abençoá-los, confortá-los e encher seu coração de
alegria e amor. O Senhor deseja que Seus filhos encontrem conforto ao servi-Lo, e mais prazer do que dificuldades em Seu trabalho.*Ele
deseja que aqueles que O adoram levem consigo os preciosos pensamentos
sobre Seu cuidado e amor, para que possam estar animados em todas as
ocupações da vida diária, e recebam a graça necessária para lidar
sincera e fielmente com todas as coisas. {CCn 65.2}
Precisamos reunir-nos em torno da cruz. O Cristo crucificado deve ser o tema de nossas meditações, de nossas conversas, e de nossas mais alegres emoções.
Devemos ter em mente cada bênção que recebemos de Deus. Ao percebermos
Seu grande amor, devemos estar dispostos a confiar tudo nas mãos que
foram, por nós, cravadas na cruz. {CCn 65.3}
Nas asas do louvor, o coração pode elevar-se para mais perto do Céu. Deus é adorado com cânticos e música nas cortes celestiais. Ao expressarmos nossa gratidão, estamos nos aproximando do culto das hostes celestiais. “O que Me oferece sacrifício de ações de graças, esse Me glorificará”. Salmos 50:23. Cheguemos, pois, com reverente alegria perante nosso Criador, e com “ações de graça e som de música”**. Isaías 51:3. {CCn 65.4}
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