Muita incompreensão ainda existe ao se abordar a lei e a morte de Cristo.
Certo é que ...
Por meio de Jesus, foi a misericórdia divina manifesta aos homens; a misericórdia, no entanto, não pôs de parte a justiça. A lei revela os atributos do caráter de Deus, no entanto, não pôs de parte a justiça. A lei revela os atributos do caráter de Deus, e nem um jota ou til da mesma se podia mudar, para ir ao encontro do homem em seu estado caído. Deus não mudou Sua lei, mas sacrificou-Se em Cristo, para redenção do homem. “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo”. 2 Coríntios 5:19. {DTN 540.2}
A lei requer justiça — vida justa, caráter perfeito; e isso não tem o homem para dar. Não pode satisfazer as reivindicações da santa lei divina. Mas Cristo, vindo à Terra como homem, viveu vida santa, e desenvolveu caráter perfeito. Estes oferece Ele como dom gratuito a todos quantos o queiram receber. Sua vida substitui a dos homens. Assim obtêm remissão de pecados passados, mediante a paciência de Deus. Mais
que isso, Cristo lhes comunica os atributos divinos. Forma o caráter
humano segundo a semelhança do caráter de Deus, uma esplêndida estrutura
de força e beleza espirituais. Assim, a própria justiça da lei se cumpre no crente em Cristo. Deus pode ser “justo e justificador daquele que tem fé em Jesus”. Romanos 3:26. {DTN 540.3}
O amor de Deus tem-se expressado tanto em Sua justiça como em Sua misericórdia. A justiça é o fundamento de Seu trono, e o fruto de Seu amor. Era o desígnio de Satanás divorciar a misericórdia da verdade e da justiça. Buscou provar que a justiça da lei divina é um inimigo da paz. Mas Cristo mostrou que, no plano divino, elas estão indissoluvelmente unidas; uma não pode existir sem a outra. “A misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram”. Salmos 85:10. {DTN 540.4}
Por
Sua vida e morte, provou Cristo que a justiça divina não destrói a
misericórdia, mas que o pecado pode ser perdoado, e que a lei é justa,
sendo possível obedecer-lhe perfeitamente. As acusações de Satanás foram refutadas. Deus dera ao homem inequívoca prova de amor. {DTN 541.1}
Outro engano devia ser então apresentado. Satanás declarou que a misericórdia destruía a justiça, que a morte de Cristo anulava a lei do Pai. Fosse possível ser a lei mudada ou anulada, então não era necessário Cristo ter morrido. Anular a lei, porém, seria imortalizar a transgressão e colocar o mundo sob o domínio de Satanás.
Foi porque a lei é imutável, porque o homem só se pode salvar mediante
a obediência a seus preceitos, que Jesus foi erguido na cruz. Todavia, os próprios meios por que Cristo estabeleceu a lei, foram apresentados por Satanás como destruindo-a. A esse respeito sobrevirá o último conflito da grande luta entre Cristo e Satanás. {DTN 541.2}
O
ser defeituosa a lei pronunciada pela própria voz divina, o haverem
sido certas especificações postas à margem, eis a pretensão apresentada
agora por Satanás. É o último grande engano que ele há de trazer sobre o mundo. Não necessita atacar toda a lei; se pode levar os homens a desrespeitar um só preceito, está conseguido seu objetivo. Pois “qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos”. Tiago 2:10. Consentindo em transgredir um preceito, são os homens colocados sob o poder de Satanás. Substituindo a lei divina pela humana, procurará Satanás dominar o mundo. Essa obra é predita em profecia. Acerca do grande poder apóstata que é representante de Satanás, acha-se declarado: “Proferirá
palavras contra o Altíssimo e destruirá os santos do Altíssimo, e
cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão”. Daniel 7:25. {DTN 541.3}
Os homens hão de certamente estabelecer suas leis para anular as de Deus. Procurarão obrigar a consciência de outros, e, em seu zelo para impor essas leis, oprimirão os semelhantes. {DTN 541.4}
A guerra contra a lei divina, começada no Céu, continuará até ao fim do tempo.
Todo homem será provado. Obediência ou desobediência, eis a questão a
ser assentada por todo o mundo. Todos serão chamados a escolher entre a
lei divina e as humanas. Todo homem será provado. Obediência ou desobediência, eis a questão a ser assentada por todo o mundo. Todos
serão chamados a escolher entre a lei divina e as humanas. Aí se
traçará a linha divisória. Não existirão senão duas classes. Todo caráter será plenamente desenvolvido; e todos mostrarão se escolheram o lado da lealdade ou o da rebelião. {DTN 541.5}
Então virá o fim. Deus reivindicará Sua lei e livrará Seu povo. Satanás e todos quantos se lhe houverem unido em rebelião serão extirpados. O pecado e os pecadores perecerão, raiz e ramos (Malaquias 4:1) — Satanás a raiz, e seus seguidores os ramos. Cumprir-se-á a palavra dirigida ao príncipe do mal: “Pois
que estimas o teu coração como se fora o coração de Deus, [...] te
farei perecer, ó querubim protetor, entre pedras afogueadas. [...] Em
grande espanto te tornaste, e nunca mais serás para sempre”. Ezequiel 28:6-19. Então “o ímpio não existirá; olharás para o seu lugar, e não aparecerá” (Salmos 37:10); “e serão como se nunca tivessem sido”. Obadias 16. {DTN 541.6}
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