quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

UM POUCO DE HISTÓRIA...

Indulgências à venda — A igreja de Roma mercadejava com a graça de Deus. Com a alegação de  levantar fundos para a construção da igreja de S. Pedro, em Roma,  indulgências pelo pecado eram oferecidas à venda por autorização do  papa. Pelo preço do crime dever-se-ia construir um templo para o culto a  Deus. Foi isto que suscitou o mais eficaz dos inimigos do papado,  determinando a batalha que abalou o trono papal e fez tremer na cabeça  do pontífice a tríplice coroa. {GCC 59.1}

Tetzel,  o oficial designado para dirigir a venda das indulgências na Alemanha,  era culpado das mais ignóbeis ofensas à sociedade e à lei de Deus; no  entanto, foi empregado para promover os projetos mercenários do papa na  Alemanha. Repetia deslumbrantes falsidades e histórias maravilhosas para  enganar um povo ignorante e supersticioso. Tivesse este a Palavra de  Deus, e não teria sido enganado desta maneira; mas a Bíblia havia sido  retirada.8. {GCC 59.2}

Ao  entrar Tetzel numa cidade, um mensageiro ia adiante dele, anunciando:  “A graça de Deus e do santo padre está às vossas portas!”9. O povo recebia o pretensioso blasfemo como se fosse o próprio Deus.  Tetzel, subindo ao púlpito da igreja, exaltava as indulgências como o  mais precioso dom de Deus. Declarava que em virtude de seus certificados  de perdão, todos os pecados que o comprador mais tarde quisesse  cometer, ser-lhe-iam perdoados, e que “mesmo o arrependimento não é  necessário”.10. Assegurava aos  ouvintes que as indulgências tinham também poder para salvar os mortos;  no mesmo instante em que o dinheiro tinia de encontro ao fundo de sua  caixa, a alma em cujo favor era pago escaparia do purgatório,  ingressando no Céu.11. {GCC 59.3}

Ouro  e prata eram canalizados para o tesouro de Tetzel. Uma salvação que se  comprava com dinheiro era mais fácil do que aquela que exige  arrependimento, fé e diligente esforço para resistir ao pecado e  vencê-lo. {GCC 59.4}

Lutero  encheu-se de horror. Muitos de sua própria congregação haviam comprado  certidões de perdão. Logo começaram a dirigir-se a seu pastor,  confessando seus pecados e esperando absolvição, não porque estivessem  arrependidos e desejassem corrigir-se, mas sob o fundamento da  indulgência. Lutero recusou-se a isto, advertindo-os de que, a menos que  se arrependessem e reformassem a vida, haveriam de perecer em seus  pecados. Voltaram-se a Tetzel queixando-se de que seu confessor lhes  recusara o certificado, e alguns exigiram ousadamente que lhes fosse  restituído o dinheiro. Cheio de ira, o frade proferiu terríveis  maldições, fez com que se acendessem fogos nas praças públicas e  declarou “haver recebido ordem do papa para queimar todos os hereges que  pretendessem opor-se às suas santíssimas indulgências”.12. {GCC 59.5}

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